RESUMO
A hanseníase seria uma doença comum se näo fosse por seus episódios reacionais de risco de incapacidades mantendo o estigma relacionado à "lepra". Essas reaçöes e a perda potencial da funçäo neural podem ocorrer antes, durante e após o tratamento, feito com poliquimioterapia (PQT). A alta por cura se dá pelo número de doses e regularidades do tratamento, quando o paciente sai do registro ativo e dos coeficientes de prevalência. Objetivando avaliar a magnitude das reaçöes hansênicas pós-alta e as questöes operacionais referentes a qualidade da asssistência, foram revisados prontuários de 149 pacientes que receberam alta de hanseníase de 1994 a 1999, no Centro de Saúde Escola Jaraguá - UFU, realizando a ficha de investigaçäo de Intercorrências Pós-Alta por Cura do Ministério da Saúde. Destes, 34 (23 por cento) apresentaram reaçäo pós-alta, sendo 11,76(por cento) PB e 88,23(por cento) MB. Ocorreu uma média de 3 episódios por paciente dimorfo e 4 por paciente virchowiano
Assuntos
Pacientes Domiciliares/educação , Hanseníase , Atenção à Saúde , Alta do Paciente , Condutas TerapêuticasAssuntos
Condutas Terapêuticas , Existencialismo/psicologia , Métodos , Pesquisa/métodos , Pesquisa/normas , PsicologiaRESUMO
A hanseníase permanece como uma sério problema de saúde pública para os paises sub-desenvolvidos ou em fase de desenvolvimento. E por que? Por duas razoes. Primeiro porque a hanseníase acaba de entrar para o rol das doenças naturais nas quais as dimensoes econômicas e culturas desempenham importante papel. E em segundo lugar porque nos paises sub-desenvolvidos e em desenvolvimento tais dimensoes predominam como fundamentos da vida social e alimentar atitudes e comportamentos que obstaculizam qualquer programa de educaçao sanitária e de controle da endemia. As atitudes e os comportamentos aparecem hoje na literatura especializada sob a rubrica de barreiras psico-sociais entendidas como medo da doença, afastamento e discriminaçao em relaçao ao doente. A hanseníase nao é uma doença de pobres, pois atinge todos os grupos econômicos e culturais, mais é uma doença de paises pobres. Estuda-la e compreender as barreiras psico-sociais que a envolvem é uma forma de apontar as injustiças de regimes e sistemas econômicos e culturais que sustentam e alimentam as doenças em suas dimensoes sociais. O presente trabalho poe em evidência essa realidade